Perícia em locais de incêndio – Parte 1
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Perícia em locais de incêndio – Parte 1

As perícias em locais de incêndio são muito complexas pois precisam identificar, por exemplo, as marcas da chama, os materiais queimados, o percurso do fogo, podendo chegar até análise química a fim de identificar possível elementos acelerantes ou elementos que deram causa ao incêndio. Essa seria a análise geral do ambiente. Sempre que se fala nessas situações é importante que se ressalte o já conhecido Triângulo do fogo; que nada mais é que a reação de combustão entre o comburente e o combustível a partir de uma força de ignição.


O comburente mais comum é o oxigênio, já o combustível é qualquer substância que queima, por exemplo, a gasolina, álcool, carvão, madeira, gás, entre outros. E a reação entre os dois tem como resultado a liberação de calor e luz, ou seja, o fogo. Além do triângulo do fogo, existe também a concepção do tetraedro do fogo, neste caso adiciona-se ao triângulo a reação em Cadeia, responsável pela manutenção do fogo. Se qualquer um destes elementos for extinto temos o fim do incêndio.


Tendo esse conhecimento básico e resumido sobre incêndios, é importante saber que para o trabalho pericial o profissional deverá procurar identificar inicialmente quatro quesitos: Foco do Fogo; Fonte de Energia Térmica; Causa do Incêndio; e Classificação do incêndio.


O primeiro é fácil saber do que se trata, é identificar o(s) ponto(s) de partida(s) do incêndio, ou o(s) local(is) que teve início o fogo. Já a fonte térmica é o calor que deu início à ignição do fogo. Identificando estes dois primeiros quesitos obtemos a causa. Por exemplo, quando o calor de uma vela acesa atinge a cortina da janela da sala de uma casa nós já temos o agente ígneo e o local de início, portanto, temos também a causa do incêndio.


Falando sobre a classificação, temos, pelo menos, duas formas: quanto á origem e quanto à proporção do incêndio.

Quanto à origem: pode ser de causa natural ou artificial. Se natural tem como início algum fenômeno da natureza: relâmpagos, por exemplo. Já a classificação artificial é subdividida em pessoal e impessoal (ou acidental). Este último pode ser iniciado a partir de um curto-circuito de um equipamento eletrônico. Já o Pessoal ainda pode ser subdividido em acidental ou intencional. Nestes casos, o pessoal acidental é aquele que teve ponto de partida na ação descuidada, ou com imprudência, ou com ignorância, ou, ainda, com inabilidade de alguma pessoa. Por fim, o incêndio classificado como pessoal intencional é autoexplicativo e, portanto, pode ser decorrente de uma ação ou omissão de alguém.


Existe ainda a Classificação quanto à Proporção do incêndio. Esta é identificada a partir do empenho e das equipes empregadas para a extinção do incêndio. Temos então os Incipientes ou Princípios de Incêndio (para extinção utiliza-se apenas extintores portáteis), os Pequenos Incêndios (emprega-se pessoal e equipamento especializado mas sem risco de grandes propagações e extingue-se facilmente), os Médios Incêndios (utilização de meios e materiais equivalentes a um socorro básico de incêndio, apresentando perigo iminente de propagação), os Grandes Incêndios (propagação crescente, necessitando do emprego efetivo de mais de um socorro básico para a sua extinção) e os Incêndios Extraordinários (com origem em abalos sísmicos, vulcões, bombardeios e similares, abrangendo quarteirões e necessitando para a sua extinção o emprego de várias equipes de socorro dos bombeiros, mais apoio do Sistema de Defesa Civil).


Vulcão - Lava
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