A asfixia como causa de morte
Atualizado: 17 de mai. de 2022
A asfixia é a dificuldade respiratória que leva à falta de oxigênio em nosso corpo. Pode ser causada de várias maneiras, como uma situação do ambiente (baixo conteúdo de oxigênio no local, por exemplo) ou devido a alguma obstrução mecânica das vias respiratórias ou pulmão. O processo de asfixia pode durar até oito minutos, mas depende principalmente da idade da vítima e do tipo de asfixia. O afogamento, por exemplo, tem tempo entre 4 e 5 minutos.
De um modo geral a asfixia compreende duas fases: a fase de irritação, que é formada por 2 períodos - o da dispneia respiratória (consciência dura cerca de um minuto), e o de dispneia expiratória (inconsciência, perturbações da sensibilidade e convulsões tônico-clônicas), dura cerca de três minutos e a fase do esgotamento, que apresenta um período inicial ou de morte aparente e outro terminal.
Vejamos alguns tipos de asfixia:
1. Sufocação Direta
- Enforcamento: é determinado pela constrição do pescoço por um laço. Sendo que a força ativa neste processo é o próprio peso da pessoa. Em sua maioria, este caso tem intensão suicida, mas também pode ser homicida ou acidental. O sulco deixado pelo objeto enforcante é oblíquo ascendente, possui profundidade variável, sendo interrompido no nó, ficando por cima da cartilagem tireóidea.

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- Estrangulamento: é a constrição do pescoço por um laço tracionado por qualquer força, desde que não seja o próprio peso da vítima. Poderá ser verificada a existência de um ou múltiplos sulcos horizontais (devido à tentativa de resistência), de profundidade uniforme, que não se interrompe. Existe também o estrangulamento antebraquial que ocorre através da constrição do pescoço pela ação do braço e do antebraço sobre a laringe, popularmente conhecido como gravata.
- Esganadura: também se configura como constrição do pescoço com nas outras asfixias mecânicas, no entanto, neste caso só pode ser proporcionado pela força das mãos do agressor. Juridicamente não é aceita a hipótese de esganadura suicida ou acidental, tendo em vista que para efetivar a ação é necessário superioridade de força ou ausência de reação, por qualquer motivo, por parte da vítima. Casos comuns nos infanticídios, estupros ou atentados ao pudor. As marcas ungueais são as escoriações produzidas pelo bordo livre das unhas do agressor facilmente encontradas no pescoço da vítima. Outro sinal na esganadura são as equimoses elípticas ou arredondadas produzidas pela ação compressiva dos dedos de quem agride.
